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A Bíblia, sem dúvida, é um dos livros mais influentes da história da humanidade. No entanto, para quem começa a explorá-la, uma das primeiras dúvidas é sobre a quantidade de livros que a compõem. Esse número, no entanto, não é tão simples de responder, já que varia dependendo da tradição religiosa a que você pertence. Vamos mergulhar nesse tema fascinante, esclarecer os números e entender suas diferenças.
A divisão da Bíblia: Antigo e Novo Testamento
Primeiramente, é fundamental entender que a Bíblia é dividida em duas grandes partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Essa separação, inclusive, ajuda a compreender melhor sua organização e, consequentemente, o número total de livros.
- Antigo Testamento: Contém os textos escritos antes do nascimento de Jesus Cristo, sendo a base para o judaísmo e o cristianismo.
- Novo Testamento: Abrange os livros que narram a vida de Jesus, seus ensinamentos e o desenvolvimento da igreja cristã primitiva.
Quantos livros há na Bíblia cristã?
Embora o cristianismo tenha uma base comum, existem diferentes tradições dentro dessa religião, o que resulta em variações no número de livros bíblicos.
- Bíblia Protestante: Possui 66 livros no total. São 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Essa versão é usada por igrejas protestantes e evangélicas.
- Bíblia Católica: Contém 73 livros, pois inclui sete livros chamados “deuterocanônicos” no Antigo Testamento, como Tobias, Judite e Macabeus.
- Bíblia Ortodoxa: A tradição ortodoxa pode variar ainda mais, com alguns ramos incluindo até 81 livros, dependendo da igreja específica.
E a Bíblia judaica?
A Bíblia judaica, também chamada de Tanakh, é composta por 24 livros. Contudo, é importante destacar que esses textos correspondem, em grande parte, aos mesmos livros do Antigo Testamento das Bíblias cristãs. A diferença está na organização e no agrupamento dos textos.
Por exemplo:
- Os livros de Samuel e Reis, que aparecem separados na Bíblia cristã, são unificados na Bíblia judaica.
- Além disso, não há Novo Testamento, pois o judaísmo não o reconhece como parte de sua tradição sagrada.
Por que essas diferenças existem?
Você deve estar se perguntando: “Se a Bíblia é uma só, por que os números são diferentes?” Bem, a resposta está na história da formação do cânon bíblico, que nada mais é do que a lista oficial de livros considerados sagrados.
- Tradição judaica: Após a destruição do Templo de Jerusalém, no ano 70 d.C., os líderes judeus decidiram consolidar os textos sagrados, resultando na Bíblia judaica atual.
- Tradição cristã: Durante os primeiros séculos do cristianismo, debates sobre quais livros seriam incluídos no Antigo e Novo Testamento foram comuns. O Concílio de Cartago, em 397 d.C., oficializou o cânon cristão, mas divisões posteriores, como a Reforma Protestante, ajustaram a lista de livros.
- Tradição ortodoxa: Algumas igrejas ortodoxas adotaram livros adicionais que eram usados em suas liturgias e tradições locais.
Curiosidades sobre a composição da Bíblia
- O livro mais longo da Bíblia é o Salmos, com 150 capítulos.
- Já o mais curto é a Segunda Epístola de João, que possui apenas 13 versículos.
- Em termos de palavras, o versículo mais curto está em João 11:35: “Jesus chorou.”
Conclusão
Resumindo, o número de livros na Bíblia varia entre 66 e 81, dependendo da tradição religiosa. No entanto, o mais importante não é apenas saber o total, mas compreender a mensagem contida em cada livro. Independentemente da versão, a Bíblia continua sendo uma fonte inesgotável de inspiração, sabedoria e história. Se você ainda não começou a explorá-la, que tal abrir suas páginas hoje? Afinal, conhecer suas particularidades é o primeiro passo para apreciar sua profundidade.
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